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segunda-feira, 7 de março de 2011

Tireóide – Tire suas dúvidas…

Desde que Ronaldo, o fenômeno, anunciou sua aposentadoria e afirmou sofrer de Hipotiroidismo, esse assunto anda na boca do povo. Mas você conhece os distúrbios da tireóide?

A tireóide é uma glândula que tem um formato de “borboleta” localizado na região do pescoço, anterior à traquéia. Para que funcione adequadamente, a tireóide depende do comando de uma outra glândula – a hipófise. A hipófise localiza-se no cérebro, mais precisamente atrás dos olhos. Ela produz um hormônio muito específico para que a tireóide funcione, o TSH.

Sua função é produzir dois importantes hormônios para devido funcionamento do organismo: T3 (triiodotironina) e o T4 (tiroxina). Esses hormônios agem em tudo quanto canto do nosso corpo: metabolismo, no crescimento e no desenvolvimento e na atividade do sistema nervoso.

Quando a tireóide produz pouco hormônio (tireóide preguiçosa), essa condição é chamada de Hipotireoidismo. Esta doença é a mais comum dos distúrbios da tireóide e a sua incidência é maior em mulheres e é caracterizado pela lentidão do metabolismo do organismo. Os principais sintomas são: cansaço extremo, sonolência, retenção de líquido causando um inchaço generalizado conhecido como mixedema, ganho de peso, pele fria e seca, irregularidade no ciclo menstrual, lentidão no processo de digestão e prisão de ventre, batimento cardíaco lento (Bradicardia), raciocínio lento, tendência a depressão.

As causas do hipotireoidismo são auto imunes, ou seja, o sistema de defesa do organismo (sistema imunológico) ataca a glândula tireóide e causa dano a essa glândula, comprometendo a sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos; conhecida como Doença de Hashimoto. Além disso, alguns medicamentos e cirurgia na tireóide podem interferir na produção de hormônios tireoidianos.

Se não tratada a tempo, trás sérios danos ao organismo podendo levar a problemas cardíacos pela elevação dos níveis de colesterol e em casos mais graves pode levar ao coma. O tratamento feito através de reposição destes hormônios e é feito pelo resto da vida.

Já o Hipertireoidismo, é quando a tireóide produz hormônios em demasia deixando os processos metabólicos mais acelerados. Os sintomas são opostos ao hipotireoidismo, pois, há uma super ativação do organismo. Sintomas como: irritação, nervosismo, insônia, perda de peso, taquicardia, intolerância ao calor, pele quente e úmida, aumento do ritmo intestinal, bócio.

As causas para esta doença são: excesso de iodo na dieta alimentar, surgimentos de nódulos na tireóide que levam a super produção de hormônios, algum problema na hipófise que faz com que haja produção excessiva de TSH e consequentemente, estimula a tireóide a produzir muito hormônio. A causa também pode ser auto-imune quando o corpo produz anticorpos que atacam a tireóide, essa condição é conhecida como Doença de Graves.

O tratamento é feito com medicamentos que inibem a produção de T3 e T4 e, também, pode ser cirúrgico, com a remoção da tireóide.

Doença de Graves
A doença de Graves é a principal causa do hipertireoidismo. Os anticorpos atacam os receptores de TSH, que é o hormônio responsável por estimular a produção dos hormônios da tireoide.
Após o ataque dos anticorpos, os receptores passam a interpretar as informações equivocadamente, entendendo que existe um excesso de TSH na circulação sanguínea. Esta informação errada faz a tireoide liberar uma quantidade excessiva de hormônios.



Tratamentos

Ronaldo não tem o perfil da população mais atingido pelo problema: as disfunções da tireoide são encontradas, predominantemente, nas mulheres. “O hipotireoidismo atinge três vezes mais mulheres do que homens, já o hipertireoidismo atinge cerca de quatro vezes mais as mulheres. Mulheres com mais de 30 anos ou que acabaram de ter um bebê devem ficar atentas a qualquer sinal e é recomendável que seja feito um check-up de rotina”, afirmou Tércio.

Mesmo provocando alguns transtornos, a doença pode ser tratada facilmente por meio da reposição hormonal. Até atletas profissionais, como o jogador Ronaldo, podem utilizar esta opção da medicina. “O tratamento é relativamente simples, barato e, em muitos casos, custeado pelo próprio governo. Ele deve começar com a reposição do hormônio que a tireoide deixa de produzir”, disse o médico.

O tratamento do hipertireoidismo, por outro lado, pode ser feito com medicamentos que bloqueiam a função tireoidiana ou com a utilização de iodo radioativo, que age diretamente na tireoide, cessando a produção do excesso de hormônios.



Ronaldo: Hipotireoidismo

"Quatro anos atrás, no Milan, eu descobri que sofria de um distúrbio chamado hipotireoidismo, que desacelera o seu metabolismo. E que, para controlar, eu teria que tomar hormônios, o que no futebol não é permitido, pois seria doping". Essa foi a declaração do ex-jogador Ronaldo para anunciar sua aposentadoria.

O aumento de peso do jogador e a queda do seu rendimento no campo fizeram o Fenômeno sofrer várias críticas, tanto da imprensa como da torcida. Após revelar seu problema com a tireoide, passou-se a questionar se seria este o motivo real para a aposentadoria do jogador.

Para o endocrinologista Tércio Rocha, o jogador poderia tomar tranquilamente os hormônios e continuar a jogar. “Não seria considerado doping, pois os hormônios são produzidos naturalmente pelo corpo. Ele estaria apenas repondo algo que o corpo já não produz mais”, afirmou.

A opinião é compartilhada pelo também endocrinologista Ronaldo Neves, médico do Instituto Estadual de Diabetes (IEDE), que enfatiza o equívoco na declaração do ex-jogador.

"Ser pego no antidoping por causa do hormônio da tireoide é um fato que não pode ocorrer. A utilização do hormônio masculino (testosterona) poderia ser classificada como doping, pois aumenta o desempenho do atleta, mas os hormônios da tireoide não oferecem vantagem, muito pelo contrário, se usados em excesso pode trazer desvantagens para quem os usa", disse o médico.



Mayra Cardi: Hipertireoidismo

A ex-BBB Mayra Cardi apresenta outro tipo de disfunção hormonal da tireoide, muito menos comum do que o hipotireoidismo, mas que, ainda assim, atinge, na maioria dos casos, as mulheres.

Ao contrário do hipotireoidismo, o hipertireoidismo provoca aceleração nos batimentos cardíacos e aumento no processo metabólico. Mayra disse ao Terra que demorou a descobrir a doença e que os momentos de dúvida foram angustiantes. “Infelizmente demorei muito para descobrir minha doença, cheguei a emagrecer 15 quilos, fiquei só pele e osso. Já tinha ido a vários médicos e ninguém sabia o que era, até eu começar a ter violentas palpitações, inclusive parada”, disse a modelo.

Após seis meses de dúvida, finalmente Mayra descobriu a causa e começou a se tratar com remédios para a disfunção e para o coração. Até hoje, a ex-BBB toma diariamente os medicamentos.

Mayra demorou a lidar com a doença e, antes que a aceitação chegasse, ela passou por maus momentos. “Perdi dois anos da minha vida. Não considero que fui prejudicada, considero que parei de ser feliz por dois anos, para aprender muito com a vida e com as pessoas. Hoje, eu aprendi a lidar com minha doença e tomo os remédios diariamente, mas, no começo, foi um pouco difícil”, afirmou.

Além dos sintomas apontados por Mayra, o hipertireoidismo pode gerar grande intolerância ao calor, como ressaltou o endocrinologista do Hospital São Luiz de São Paulo, Alex Leite. “Uma das características mais comuns em quem sofre com o hipertireoidismo é a dificuldade em lidar com o calor. Em um ambiente onde as pessoas, geralmente, estariam agasalhadas, o portador do hipertireoidismo provavelmente estará com pouca roupa”, disse o médico.



Débora Secco: Hipotireoidismo

A atriz Deborah Secco, que exibe seu belo corpo em novelas, filmes e revistas, também enfrenta problemas com disfunções da tireoide. Com apenas 24 anos, a atriz passou por uma uma maratona para emagrecer e brigou contra a balança, mas descobriu, mais tarde, que sofria com a disfunção hormonal.

"Eu não tinha pique para fazer absolutamente nada", disse Deborah em entrevista à revista Boa Forma em 2003, sobre como lidou com a disfunção.

Realmente, o hipotireoidismo provoca certo desânimo e deve ser enfrentado com medicação. Após iniciar o tratamento, a atriz recuperou a boa forma e atualmente é ela quem tira o fôlego dos marmanjos de plantão.



Iris Stefanelli: Hipotireoidismo

A apresentadora Iris Stefanelli também enfrenta os problemas provocados pelo hipotireoidismo, doença que se manifestou ainda na adolescência da ex-BBB. “Eu descobri o hipotireoidismo com 17 anos, quando eu morava com a minha tia em São Paulo e não conseguia dormir. A sensação era a de que eu tinha comido algo e não conseguia engolir”, disse Íris ao Terra.

Na época, Íris desenvolveu dois sintomas clássicos da doença: o ganho de peso e o desânimo frequente. “Eu vivia desanimada e, como era muito nova, acabei engordando um pouco. Mesmo após descobrir que tinha hipotireoidismo, demorei para seguir o tratamento completo com a reposição dos hormônios e isso me fez voltar a ganhar peso em algumas ocasiões”, disse.

Íris passou a seguir o tratamento completo apenas depois da fama e, hoje, dá continuidade com a reposição hormonal. “O tratamento é muito simples, basta tomar um comprimido pela manhã em jejum e nada mais. Hoje, vivo normalmente e não enfrento problema nenhum com a doença”, afirmou.


Cláudia Raia: Hipotireoidismo

Famosa por sua boa forma e vigor físico, Cláudia Raia é mais uma que já enfrentou problemas com a disfunção hormonal provocada pelo mau funcionamento da tireoide. Descoberto há mais de 20 anos, o distúrbio levou a atriz a pesar cerca de 11 quilos a mais do que pesa hoje.

Com o tratamento de reposição de hormônios, Cláudia consegue levar uma vida normal e sem nenhum tipo de problema.






Sabrina Sato: Hipotireoidismo

A apresentadora e repórter do programa Pânico na TV Sabrina Sato alarmou a imprensa após apresentar seus problemas com a tireoide. Muitos veículos acabaram divulgando, equivocadamente, que a apresentadora estava com algum tipo de tumor.

Felizmente, Sabrina descobriu que estava com algo muito menos grave e de fácil tratamento: hipotireoidismo. Sabrina está no grupo de pessoas que mais são atingidas pela disfunção, que são as mulheres de 20 a 50 anos.


Galerinha, fiquem ligados nos sintomas e procurem um médico para maiores esclarecimentos!

Fonte: Terra

Por Anna Linhares
Redação Dona Giraffa

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