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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Uma Fraude de 73 anos revelada: A Levitação de Colin Evans

clin_evans_1938
“Alguns médiuns físicos dizem ter experimentado levitações. Um dos mais famosos é Colin Evans. A fotografia foi capturada em infravermelho durante uma sessão em 1938. Comparação com várias outras fotos deste evento mostra que ele permaneceu no ar por um bom tempo!”
Ou não. Nunca prestei muita atenção a esta foto, tendo-a visto inúmeras vezes. Sempre presumi que era uma fraude e o sujeito provavelmente estivesse suspenso por um cabo invisível ou apagado da imagem. Algo similar a uma outra foto famosa do “médium” brasileiro Mirabelli.

Bem, eu estava errado. Em verdade Evans “levitou” através de outro método. Você pode adivinhar qual foi? Continue lendo para mais fotos de suas levitações que podem ajudar a desvendar este mistério nada profundo.

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E que tais estas:
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Notou como os pés parecem desaparecer? Talvez algum tipo de distorção gravitacional? As fotos tomadas lateralmente também revelam a curiosa posição de seu corpo, e todas elas (que registram pelo menos duas levitações diferentes) mostram algum tipo de cordão branco em sua mão esquerda. Ectoplasma?
E você, já solucionou o “mistério”?
“[A fotografia] é simplesmente hilária. É uma imagem capturada com flash de uma sessão realizada no Wortley Hall em Finsburg Park, Londres, mostrando uma platéia segurando as mãos e o médium Colin Evans ‘levitando’. Um cordão saindo de um dispositivo na mão de Evans indica que foi ele que ativou o flash – um detalhe crítico já que a evidência da própria foto revela o mecanismo da ‘levitação’ e indica assim sua natureza momentãonea: os pés de Evans são um borrão acima do encosto de sua cadeira, seu corpo está em uma posição parcialmente curvada e seu cabelo está desarrumado. Se pular no ar de uma posição curvada [sobre uma cadeira] é levitar…”, comenta o investigador cético Joe Nickell em Camera Clues: A Handbook for Photographic Investigation.

E isso é tudo, pessoal, as fotografias mostram Evans pulando. Seu movimento foi congelado pelo flash, que ele mesmo ativou com aquele cordão, mas o efeito não foi perfeito, uma vez que seus pés ainda ficaram borrados pelo movimento.

Uma dúvida que pode pairar, não exatamente sobre a levitação, é como a multidão não denunciou a fraude. Seriam todos cúmplices?

Em verdade, o parapsicólogo caçador de fantasmas Harry Price já sabia a resposta pouco depois das apresentações de Evans. Pode-se ler em “Fifty years of psychical research: a critical survey”, publicado em 1939, poucos meses após as fotografias:
“Outra sessão insatisfatória foi conduzida … no Regent’s Park, em 27 de maio de 1938 com o senhor Colin Evans. Este médium alega que, em completa escuridão, ele é ‘levitado’. As senhoras A. Peel Goldney, Henry Richards e outros pensam que neste teste particular nenhuma levitação ocorreu e o cheque pago ao médium foi devolvido aos espectadores. Uma fotografia da suposta levitação psíquica deste médium foi publicada no Daily Mirror de 13 de junho de 1938. Veja também Photography de janeiro de 1939: “Como fotografias podem ser obtidas de um homem aparentemente levitando, mas em verdade pulando”, é registrado graficamente (com ilustrações) em Proc., SPR, Vol. XLV, Part 158, pp. 196-8”.
E isso é realmente tudo. Colin Evans conseguiu encher um salão, mas só podia “levitar” em escuridão completa! Por isso nenhum dos presentes na fotografia está olhando para o homem flutuando no ar. Ou pulando. Ninguém estava vendo nada, e em retrospecto pode-se notar como os olhos de todos fixam o vazio. Não foi usada fotografia infravermelha: as imagens foram capturadas com flashes, que congelaram o movimento de um charlatão pulando do alto de uma cadeira no escuro.

As fotos eram tudo que Evans queria, e foram publicadas em um jornal de grande circulação. Ainda que mesmo alguns dos presentes provavelmente tenham percebido o que havia ocorrido, ou no mínimo não se tenham satisfeito em não ter visto nada, o resto virou história, ou melhor, ainda outra comprovação de que uma imagem enganadora acaba ecoando muito mais do que a explicação completamente sem graça.

Fotografias de Evans pulando têm sido reproduzidas há 70 anos, com rara menção ao que realmente registram. No trecho em que citamos Nickel, o cético critica como a fotografia é exibida no livro de Joyce Robins, “The World’s Greatest Mysteries” (1989), ou “Os Maiores Mistérios do Mundo”, com a legenda: “prova irrefutável de que a força da gravidade pode ser desafiada”.
Ceticismo, ele é necessário.

Alguns outros segredos da levitação

Pode-se pensar que o caso de Evans é um exemplo singular e particularmente ruim, e que mesmo nesse caso um parapsicólogo notou a fraude imediatamente após o evento. O que é bem verdade. Infelizmente, nem todos pesquisadores de supostos fenômenos paranormais são tão perspicazes, e casos de pessoas pulando promovidos como levitações não são tão raros.

Basta mencionar, por exemplo, o famoso caso do Poltergeist de Enfield, de 1977:

Note como a fotografia também foi capturada com flash (a sombra da garota projeta-se na parede oposta ao fotógrafo). O caso Enfield não consiste apenas dessa foto, mas fotografias como esta são evidência muito duvidosa de fenômenos paranormais.

Isso para não mencionar truques ainda mais antigos, e que ainda assim continuam sendo explorados:

O segredo indiano já foi abordado pelo programa Fantástico em 2007, quando o mágico (?) holandês Ramana o realizou em frente à Casa Branca.
levitacao_truque

Finalmente, ao discutir alegações de levitação, é obrigatório mencionar o “médium” vitoriano D.D. Home e a conhecida história de que teria flutuado entre janelas de uma mansão em frente a quatro testemunhas. Até hoje não se sabe como ele teria realizado o feito, se é que realmente o fez. O mágico e cético Harry Houdini, famoso por desmascarar médiuns, prometeu reproduzir o truque, mas por um problema com seu assistente acabou não o fazendo, para alegria dos crentes. Afinal, Home teria realizado o feito, truque ou não, sem nenhum assistente. No mínimo seria um ilusionista ainda mais competente que Houdini.

Ou não, claro. O fato de que mesmo um ilusionista competente como Houdini não tenha descoberto como Home efetuou a façanha não significa que ela seja tão elaborada, muito menos que tenha sido mesmo sobrenatural. Significa apenas que Houdini não descobriu qual era.

Desde então, e dentre as sugestões para como Home poderia ter iludido suas testemunhas, a que me pareceu mais interessante envolve um efeito literalmente fantasmagórico: o Fantasma de Pepper (PDF). Utilizado em atrações da Disney, como a Casa Assombrada, o efeito é um jogo de luzes e vidros semi-transparentes que ainda hoje é saudado como ultra-moderno em pseudo-holografias.

Por vezes, os truques mais simples podem produzir os resultados mais impressionantes: mais do que o truque, o segredo seria a sua apresentação. Confira mais detalhes sobre a levitação de Home e a sugestão envolvendo o Fantasma de Pepper em um excerto de I.G. Edmonds reproduzido no blog paraPsi.

Seria mesmo esta a explicação para a levitação de Home? Bem, até hoje não se sabe como ele teria realizado o feito, se é que realmente o fez. E talvez nunca saibamos, mas se isso serve para lembrar como tais peripécias mediúnicas há mais de um século que estranhamente não ocorrem mais de pouco servem cientificamente, reforça que como entretenimento, D.D. Home continua motivo de diversão.

Quer ele tenha usado ou não o efeito de luzes, a possibilidade é sem dúvida a mais interessante de todos os segredos de levitação comentados aqui.
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Mais do estranho, bizarro e inexplicado? Visite o novo Ceticismo Aberto!
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ADENDO
Dica do @KprA, havia esquecido este registro fotográfico de um cachorro levitando. Fez sucesso na blogosfera brasileira!
cachorro_levita

Os leitores já pediram para comentar também as “street magic” de David Blaine, Criss Angel ou Cyril Takayama. No vídeo abaixo, o próprio Criss Angel mostra o truque:

David Blaine também já usou um efeito ainda mais simples, a “Levitação Balducci“, que não precisa nem mesmo de calças e sapatos especiais.

Vale alertar também que os programas em que os truques são apresentados não raro ainda contam com truques de edição, ou simplesmente com comparsas: transeuntes inocentes nas ruas ou lojas por vezes são atores. Simples assim. No caso da levitação de David Blaine, por exemplo, no programa exibido na TV houve uma edição misturando o truque Balducci com transeuntes provavelmente reais, desavisados e genuinamente impressionados, com uma rápida tomada em que Blaine é exibido levitando a uma grande distância do chão, esta feita com cabos de suspensão e filmada separadamente.

Outros truques supostamente improvisados de Blaine, Angel e Takayama contam com aparatos preparados elaborados (como um aquário ou vitrine de loja) e espectadores contracenando.
Perde toda a graça, não? É provavelmente por isso que D.D. Home nunca revelou como realizou suas façanhas.



Texto na integra retirado do Site:
http://www.sedentario.org/colunas/duvida-razoavel/segredo-da-levitacao-19267


Sempre existirão os bobos e os espertos no mundo...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

CSI da Vida Real: A Fazenda de Corpos

Em fevereiro de 2008, depois de meses de busca, investigadores encontraram o corpo de John Bryant - um homem de 80 anos que estava desaparecido. Um suspeito já estava na prisão, mas definir quando Bryant morreu era um dado crucial para o caso. A resposta poderia ser encontrada a partir de dados localizados em um dos centros de pesquisa mais horríveis: A fazenda de corpos.


Vista da Floresta Nacional de Pisgah no Blue Ridge Parkway, na Carolina do Norte. Este tranqüilo cenário tornou-se cena  de um crime quando John e Irene Bryant desapareceram depois de uma caminhada.
Jerry Whaley © iStockphoto.com
Floresta Nacional de Pisgah, na Carolina do Norte. Este tranquilo cenário tornou-se cena de um crime quando John e Irene Bryant desapareceram depois de uma caminhada.

O corpo de John Bryant foi localizado na Floresta Nacional de Nantahala, na Carolina do Norte (em inglês), onde caçadores normalmente jogam carcaças de animais. A mistura de ossos dos bichos com restos humanos complicou a investigação. Assim a polícia recorreu a dois especialistas em antropologia forense - ambos professores da Universidade Western Carolina - que ajudaram a localizar, recolher e datar os restos mortais do idoso. Isto ajudou a unir provas para a investigação contra o assassino.

Os antropólogos forenses podem datar restos mortais observando a atividade dos insetos sobre o corpo em decomposição, mas se já se descompôs até o esqueleto, o trabalho fica bem mais difícil. É aí que a pesquisa da fazenda de corpos começa. Elas têm ensinado os cientistas a estudar o terreno em torno dos restos mortais em busca de provas - a acidez no solo pode indicar há quanto tempo o corpo tem liberado fluidos na terra. Além disto, os especialistas passaram a prestar atenção aos efeitos do tempo e do ambiente. Os cientistas consideram o efeito do processo de putrefação sob o sol quente e árido e também como um corpo em decomposição pode ser dilacerado por animais em busca de alimento. Se os ossos maiores estiverem espalhados, é seguro assumir que o corpo está no local por um período longo (os animais carregam os ossos pequenos primeiro).




A Western Carolina é uma das três únicas universidades nos Estados Unidos que defende o mérito de permitir a decomposição de corpos humanos naquilo que seria somente um adorável campus universitário. Além da fazenda de corpos na WCU, há também fazendas na Universidade do Tennessee (em inglês)-Knoxville e na Universidade do Texas (em inglês)-San Marcos. Neste artigo, você vai saber tudo sobre fazendas de corpos e seu papel na educação e investigação. Mas, antes entenda o que acontece com o corpo quando a pessoa morre.

Morte humana e decomposição
A fim de compreender como as fazendas de corpos funcionam, é interessante saber alguns dados básicos sobre a morte humana e a decomposição. Embora soe bastante macabro, é perfeitamente normal que o corpo passe por diversas mudanças radicais quando a pessoa morre.




Para começar, quando o coração pára de bater, as células do corpo e os tecidos param de receber oxigênio. As células cerebrais são as primeiras a morrer - normalmente em três a sete minutos (fonte: Macnair). Ossos e células da pele, no entanto, sobrevivem por diversos dias. O sangue começa a ser drenado dos vasos sanguíneos para as partes inferiores do corpo, criando assim uma aparência pálida em alguns lugares e uma aparência mais escura em outros.


Três horas após a morte, começa o rigor mortis, que é o endurecimento dos músculos. Após 12 horas, o corpo esfria e dentro de 24 horas (dependendo da gordura corporal e das temperaturas externas) perde todo o calor interno em um processo chamado algor mortis. Depois de 36 horas, o tecido corporal começa a perder sua rigidez e, dentro de 72 horas, a rigidez cadavérica diminui.

 
Conforme as células morrem, as bactérias dentro do corpo começam a desintegrá-lo. Enzimas no pâncreas fazem com que o órgão se dissolva sozinho. O corpo logo assume uma aparência horrível e começa a cheirar mal. Tecidos em decomposição liberam uma substância esverdeada e gases como metano e sulfeto de hidrogênio. Os pulmões expelem um fluído pela boca e pelo nariz.

Insetos e animais certamente percebem tais sinais. O corpo humano oferece alimento e é um ótimo lugar para depositarem seus ovos. Uma mosca pode se alimentar bem com um cadáver e depois liberar até 300 ovos sobre ele, gerando cria em um dia.



Os gusanos - larvas que nascem destes ovos - são extremamente eficientes e carnívoros. Começando pela parte externa do corpo onde nascem as larvas usam ganchos na boca para sugar os fluídos que escorrem do cadáver. Depois de um dia, as larvas entram no segundo estágio de sua vida, cavando para dentro do cadáver.

Movendo-se em grupo, as larvas se alimentam de carne em putrefação e soltam enzimas que ajudam a tornar o corpo em uma substância pegajosa. O mecanismo de respiração se localiza na extremidade oposta da sua boca, permitindo que coma e respire simultaneamente sem interrupção de tempo. Uma larva em sua fase inicial apresenta 2 milímetros de comprimento, mas quando atinge o terceiro estágio e deixa o corpo como prepupa, pode chegar a 20 milímetros - 10 vezes seu tamanho inicial. Larvas podem consumir mais de 60% do corpo humano em menos de sete dias (fonte: Australian Museum).

O ambiente no qual o corpo está também afeta seu índice de decomposição. Por exemplo, corpos na água se decompõem duas vezes mais rápido do que aqueles enterrados no solo. Esse processo é mais lento embaixo da terra, especialmente se o corpo estiver em terreno argiloso ou protegido por outra substância sólida que impeça o ar de chegar, uma vez que a maioria das bactérias necessita de oxigênio para sobreviver.










As unhas e cabelos crescem após a morte?
Acreditava-se que as unhas e cabelos do cadáver continuavam a crescer. Para o observador casual, poderia até parecer verdade. No entanto, este efeito visual acontece em função do encolhimento da pele, couro cabeludo e cutículas.



Agora que sabemos sobre a decomposição humana, vamos analisar um grupo de pessoas cujo local de trabalho está repleto de situações do gênero: antropólogos forenses.










life cycle of fly

Antropólogos forenses

Dependendo da profundidade que o caixão for enterrado, o corpo pode ficar completamente livre de tecidos e carne dentro de 40 a 50 anos. Cadáveres desprotegidos se decompõem até o estágio do esqueleto muito antes disso. No entanto, pode levar centenas de anos para os ossos se decomporem totalmente.

Antropologistas forenses auxiliam a polícia para desvendar crimes cujos corpos estejam enterrados ou em avançado estado de decomposição.

Embora muitos corpos tenham sido descobertos antes de virarem pó, normalmente um tempo suficiente - dias ou muitos anos - já se passaram, impossibilitando identificar visualmente um individuo encontrado em circunstâncias misteriosas. A pele, o músculo e outros tecidos podem ter se decomposto ou podem ter sido ingeridos por animais selvagens. O que é mais provável que se conserve é o esqueleto. É nele que as respostas normalmente são encontradas.

Antropologia forense
é o estudo e a análise de restos mortais humanos com o objetivo de ajudar em investigações criminais. Esses especialistas fornecem informações sobre a origem e a identidade de um corpo, bem como a forma e o momento da morte. A área forense tem diversos segmentos - desde entomologia forense (estudo de evidências de insetos) à odontologia  (análise de provas dentárias [em inglês]). Um antropólogo forense pode consultar um odontologista, por exemplo, para determinar com maior precisão a idade média de um esqueleto humano.
 


Centro de pesquisa da fazenda de corpos


A primeira fazenda de corpos (oficialmente conhecida como Centro de Antropologia Forense da Universidade do Tennessee [em inglês]) foi inaugurada pelo Dr. William Bass em 1971. Bass reconheceu a necessidade de pesquisar a decomposição humana depois que a polícia, repetidamente, pediu sua ajuda para analisar corpos em investigações criminais. O que começou como uma pequena área com apenas um corpo evoluiu para um complexo de 12.000 metros quadrados com os restos mortais de 40 pessoas. A instalação ficou conhecida (e ganhou seu apelido) depois de ter inspirado o romance de Patricia Cornwell de 1995, "The Body Farm" (A fazenda de corpos).







skeleton in grass
iStockphoto/ranplett
Em fazendas de corpos, os cadáveres são posicionados em determinados locais para que possam se decompor. Estudantes de antropologia forense estudam como o ambiente afeta os corpos e seus índices de
de composição.
 
De onde vêm estes corpos? Quando o Dr. Bass iniciou os trabalhos utilizava corpos de indigentes das unidades médicas de pesquisa. Posteriormente, as pessoas passaram a doar seus corpos ao centro para facilitar os estudos forenses.


Não há um padrão comum de diretrizes a serem seguidas por esses centros de estudos, além de segurança, proteção e privacidade. Até mesmo a dimensão das instalações variam. A fazenda de corpos da Universidadea Western Carolina tem cerca de 300 metros quadrados. Foi construída para manter 6 a 10 corpos por vez, enquanto a da Universidade do Tennessee possui 40 corpos em seus 12.000 metros quadrados. A fazenda de corpos no Texas é maior: a instalação na Universidade do Texas (em inglês)-San Marcos possui cerca de 20.000 metros quadrados. Cada instalação possui um foco diferenciado. A fazenda de corpos do Tennessee desenvolve um amplo estudo sobre a decomposição do corpo sob todas as condições - enterrado, a céu aberto, sob a água e até no porta-malas de carros. Já em Western Carolina se enfatiza o estudo da decomposição na região montanhosa da Carolina do Norte e do Sul. A fazenda de corpos do Texas também oferece dados específicos da região. Antropólogos forenses de estados como Novo México (em inglês) aguardam dados do Texas para que possam estudar amplamente a decomposição em climas desérticos.


Geralmente, quando o centro aceita um corpo, o mesmo é colocado em um refrigerador (similar ao encontrado em necrotério). O cadáver é identificado com um número e colocado em uma localização específica no terreno. A localização de cada corpo é cuidadosamente mapeada. Os estudantes aprendem a manter uma seqüência de evidências quando trabalham com pessoas reais. Em uma investigação criminal, é fundamental que quem vai lidar com o corpo registre a manipulação do mesmo. Desta maneira, nenhuma questão legal poderá ser levantada quanto à integridade das provas ou possíveis disparidades sob sua custódia.

Os corpos se decompõe durante muito tempo. Depois os estudantes praticam exercícios relacionados à localização, coleta e remoção de restos mortais da área. Os restos são levados ao laboratório e depois são analisados. Quando a análise é finalizada, o esqueleto pode ser devolvido à família do falecido para o funeral, caso este seja o pedido da família. Caso contrário, é provável que permaneça na coleção de esqueletos do departamento. A Universidade de T-Knoxville ostenta uma coleção de restos mortais de mais de 700 pessoas.


As fazendas de corpos podem proteger ou não os corpos em uma espécie de gaiola. Esta medida evita que os coiotes no Texas dilacerem as partes do cadáver. No centro da Carolina Ocidental, cercas de proteção são suficientes.







Corpos de alunos
Em 2006, havia mais corpos e esqueletos na universidade de T-Knoxville (cerca de 900 na coleção de ossos, sendo 700 esqueletos divididos em duas coleções e mais de 40 na própria fazenda) do que estudantes asiáticos inscritos (que somavam 673 pessoas entre alunos universitários e os já formados) (fonte: Nair).

O que os estudantes aprendem na fazenda de corpos? E como o trabalho de pesquisa ajuda em investigações criminais reais? Descubra na próxima página.

Pesquisa na fazenda de corpos

Na última página, aprendemos sobre as características básicas e as atividades de uma fazenda de corpos. Vamos ver agora o que os cientistas aprendem nesses centros de pesquisa.
Fazendas de corpos permitem que os cientistas estudem o processo natural de apodrecimento do corpo humano e como um corpo em decomposição afeta o mundo ao seu redor. Por exemplo, toda a cadeia de insetos aumenta ou diminui na presença de um cadáver. Um corpo em decomposição irá afetar a vegetação ao redor ao matar a flora do local devido a enzimas digestivas.
Conforme o corpo se decompõe, os tecidos soltam uma substância esverdeada que desperta o apetite das moscas. O corpo em putrefação pode se tornar o habitat de cerca de 300 larvas.



Antropólogos forenses podem determinar a idade, o sexo, a raça e o tipo de físico de uma pessoa olhando os ossos do cadáver. Não há, normalmente, diferenças suficientes entre gêneros em esqueletos de pré-adolescentes quando se busca identificar o sexo de uma criança. A forma mais fácil de detectar o gênero em um esqueleto adulto é simplesmente olhar para o tamanho dos ossos - em homens, os ossos e os ligamentos dos músculos são normalmente maiores. Existem muitas diferenças no osso púbico, sendo o mais óbvio deles o tamanho da cavidade pélvica (espaço interno do osso púbico). A cavidade é maior nas mulheres para ajudá-las no processo do parto.
 















Antropologistas forenses são capazes de descobrir o perfil  das vítimas apenas pela análise de seus ossos.
fanelie rosier © iStockphoto.com
Antropologistas forenses são capazes de descobrir o perfil das vítimas apenas pela análise de seus ossos
O esqueleto também oferece pistas que facilitam a identificação do sexo. O homem costuma ter a testa inclinada para trás, enquanto a de mulheres tende a ser mais arredondada. O queixo feminino normalmente é mais afilado, enquanto que o masculino costuma ter um formato mais quadrado.


Nem todos os ossos ajudam a estabelecer a idade dos restos mortais. Antropólogos forenses buscam determinados aspectos em crianças muito novas - se elas têm ou não dentes. Obviamente, isto não ajuda em casos de análises de crianças mais velhas. Ao contrário, outros aspectos devem ser verificados para identificar corpos mais velhos. As costelas podem ajudar a determinar a idade. Conforme envelhecemos, as extremidades da costela ficam mais desiguais e ásperas onde a cartilagem se liga ao esterno. Assim, quanto mais desigual ela for, mais velho é o corpo. Apesar das análises de antropologia forense, não há como determinar precisamente quantos anos a pessoa tem apenas por avaliação geral.


Para determinar a raça do falecido, antropólogos forenses buscam classificar o cadáver em um dos três grupos abrangentes a seguir: africano, asiático (em inglês) ou europeu (em inglês). Esta tarefa não é simples. A maioria das diferenças é encontrada no esqueleto. A distância entre os olhos ou o formato dos dentes ajuda a determinar a etnia, assim como aspectos genéticos mais específicos, como características humanas encontradas em certas regiões da Ásia que não são comuns a outros asiáticos. Existem atualmente mais diferenças dentro de cada grupo racial do que entre os povos de diferentes países (fonte: Ubelaker).


Quando a idade, o sexo e a etnia são identificados, estes dados - associados à medida dos ossos - podem ajudar a determinar a altura e o peso aproximados da pessoa antes da morte. Embora ofereçam uma diversidade de informações, as fazendas de corpos levantam algumas polêmicas que discutiremos na próxima página.








O corpo pesa menos depois da morte?
Em 1907, o Dr. Duncan MacDougall defendeu a idéia de que o corpo humano perde peso no momento da morte. Hoje, os cientistas são céticos quanto à metodologia de MacDougall. Alguns estudos recentes com ovelhas demonstraram que o corpo pode, na verdade, aumentar seu peso - em até meio quilo - momentaneamente após a morte. Este ganho de peso temporário também foi medido em pessoas meditando ou sonhando (fonte: Hollander).


Outras questões relacionadas à fazenda de corpos

Deixar cadáveres expostos ao tempo não é uma atividade para qualquer um. Crenças e tradições relacionadas ao sepultamento de mortos variam muito dependendo da cultura, religião e região geográfica. Os antigos egípcios promoviam cerimônias e preparativos funerários como o embalsamento, prática comum até hoje. Budistas tibetanos tendem a optar pelo funeral a céu aberto, no qual o corpo é deixado exposto para ser comido pelos urubus (em inglês). Algumas pessoas planejam ser cremadas quando morrerem, enquanto outras podem achar a idéia de destruir o corpo por meio do fogo perturbadora.














Ritual de morte Zulu, em Johannesburgo, na África do Sul
Cliff Parnell © iStockphoto.com
Ritual de morte Zulu, em Johannesburgo, na África do Sul
Alguns cidadões de San Marcos, Texas (em inglês), reclamaram quando descobriram que a Universidade do Estado do Texas planejava construir uma fazenda de corpos na proximidade. As preocupações diziam respeito ao cheiro, possível desvalorização estética e até mesmo a chance de coiotes (em inglês) deixarem partes de corpos em decomposição na cidade. Quando um novo local foi sugerido, um problema típico do estado interrompeu a construção - falcões (em inglês). Os moradores temiam que a instalação atraísse esse animais e outras aves predadoras, o que representaria um risco para os aviões que passam na região em baixa altitude devido a um aeroporto próximo. A instituição de ensino tranquilizou a população, anunciando que a fazenda de corpos seria instalada em uma propriedade de 12 quilômetros quadrados e que ficaria, no mínimo, a 1.600 metros de qualquer propriedade vizinha. O isolamento e a privacidade do local, final acalmou os moradores.
 


Um outro medo comum diz respeito à contaminação e proliferação de doenças. A faculdade encarregada de cuidar destes centros de decomposição faz tudo o que é possível para amenizar tais preocupações. As fazendas de corpos não aceitam cadáveres com doenças infecciosas. Além disto, todos que trabalham próximos aos mortos precisam tomar uma série de vacinas para prevenir hepatite, tétano e outras doenças. Na verdade, os próprios corpos evitam a difusão de doenças. Quando entram em processo de putrefação, os organismos causadores da doença também se decompõem, tornando os restos mortais inofensivos.


É preciso construir mais fazendas de corpos nos Estados Unidos, pois as pesquisas feitas nos corpos em um determinado local oferecem dados aplicáveis a outros encontrados nas mesmas condições ambientais. Embora isto não represente um problema para corpos encontrados em estados como a Geórgia (em inglês) ou Virgínia (em inglês), os efeitos da decomposição variam muito em clima desértico, como o Arizona (em inglês) ou o Novo México (em inglês). Este problema específico estimulou a criação de um centro de estudos no Texas. O ideal seria que cada estado americano tivesse ao menos uma fazenda de corpos em operação, mas isto deve levar mais alguns anos para acontecer.


Para que ela exista, é necessário que haja corpos - e o seu poderá ser um deles. Se você deseja ser um doador para um centro de antropologia forense, você deve realizar os trâmites antes de morrer. E também deve informar os membros da família ou um advogado sobre sua decisão para que a fazenda de corpos possa ser informada de sua morte. Geralmente, a universidade coleta o corpo doado depois do final do funeral. No entanto, dependendo da distância entre o local em que o cadáver está e a universidade, pode ser preciso pagar para encaminhar o corpo.


Na próxima página, vamos analisar alguns mistérios solucionados por meio de habilidades e conhecimentos adquiridos nas fazendas de corpos.



Em fazendas de corpos, os cadáveres são posicionados em determinados locais para que possam se decompor. Estudantes de antropologia forense estudam como o ambiente afeta os corpos e seus índices de
de composição.














Solucionando mistérios através de pesquisas da fazenda de corpos

O FBI tem demonstrado grande interesse no uso da antropologia para solucionar crimes. Desde 1936, a agência utiliza os laboratórios antropológicos e os especialistas do Instituto Smithsonian, nos Estados Unidos. A fazenda de corpos na Universidade do Tennessee (em inglês)-Knoxville reproduz cenas de crimes ou prováveis locais de crimes, usando corpos para o treinamento e pesquisa do FBI. Essas equipes, periodicamente, executam escavações na fazenda de corpos para aprimorar suas habilidades de coletar cadáveres e identificar ossos no campo. O FBI também levantou a possibilidade de testar um radar no centro que poderia possibilitar encontrar corpos enterrados sob o concreto.

O conhecimento adquirido nas fazendas de corpos pode ser útil no mundo todo. Quando sepulturas coletivas são encontradas em locais como Kosovo, Iraque ou Ruanda, os pesquisadores podem determinar a raça e o período da morte, ajudando assim a identificar o agente responsável pelo falecimento. E também pode ajudar a determinar se as vítimas foram baleadas, espancadas ou mortas com um golpe na cabeça.




O serial killer John Wayne Gacy matou 33 homens jovens, sendo que 29 deles foram enterrados do lado de sua própria casa. Quando os investigadores descobriram os corpos, muitos dos quais estavam empilhados uns sobre os outros, recorreram aos antropólogos forenses para ajudá-los a iniciar o processo de identificação dos corpos em avançado estado de decomposição. Com a definição de altura e peso e classificação de ossos, as autoridades conseguiram relacionar tais dados às informações fornecidas por famílias ou a casos não solucionados de pessoas desaparecidas.




Durante anos, houve rumores em torno da morte de Big Bopper (o músico J.P. Richardson), que morreu em um acidente de avião com Ritchie Valens e Buddy Holly. A distância do corpo de Richardson do avião - 12 metros - levantou dúvidas se ele teria sobrevivido ao acidente, morrendo após caminhar em busca de ajuda. O filho de Richardson contatou o Dr. Bass para solucionar o mistério. Bass concordou em examinar o cadáver que seria exumado por outros motivos.


 Depois de examinar o corpo (que, após 48 anos, continuava sendo reconhecido como Big Bopper), Bass determinou que não havia a menor possibilidade de Richardson ter sobrevivido ao acidente. Praticamente todos os ossos estavam quebrados, o que sinaliza que ele deve ter sido arremessado do avião em vez de ter caminhado.


A antropologia forense também pode ajudar casos até então sem solução. Em 1933, o corpo de Dalbert Aposhian, de 7 anos, foi encontrado boiando na baia de San Diego. Depois de examinar o menino, o médico que fez a autópsia declarou que o mesmo havia sido vítima de sodomia e mutilação. Nunca ninguém foi preso pelo crime. Em setembro de 2005, o laboratório de crime do município de San Diego recebeu recursos para retomar as investigações desses tipos de casos. Depois de reexaminar os relatórios e fotos tiradas durante a investigação inicial, os médicos pesquisadores da unidade determinaram que o garoto havia simplesmente se afogado. O relatório inicial que afirmava o crime sexual e a mutilação foi, na verdade, um erro que desconsiderava como o corpo reage na água.








Fonte: aqui









 

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DETALHES:

Dupla Simulação de Amplificadores
A GT-8 simula 46 dos melhores amplificadores da história, numa nova configuração de dois “amps” ligados ao mesmo tempo. Explore novas possibilidades sonoras combinando 2 modelos de amplificadores ao mesmo tempo ou alternando entre modelos durante suas performances ao vivo. Selecione um amplificador de alto e ganho como o modelo “METAL STACK”, ajustado com uma distorção matadora. Depois, adicione definição ao som usando o modelo “Smooth Drive” no segundo canal de simulação de amps. A soma destes dois amplificadores criará um som totalmente novo, impossível de ser criado em outros modelos do mercado. Prepare-se ainda para ser surpreendido quando experimentar o modo “Dinamic” da GT-8, onde a troca de amplificadores é feita através da variação da palhetada. Mude de amplificador simplesmente palhetando mais forte ou mais fraco!

Nova Função “Solo Switch”
Seja a estrela da banda com o novo recurso “Solo Switch”. Cada uma das 46 simulações de amplificadores pode ser programada para ter um aumento de volume, sem alterar as outras características do timbre. Isso ocorre através do simples acionamento de um dos pedais da GT-8. Conveniente em shows, é como ter um canal de solo separado em cada simulação de amplificador.
Efeitos, Muitos Efeitos!
44 tipos de efeito estão embutidos na GT-8. E até 13 efeitos podem ser colocados juntos num mesmo “patch”, criando timbres e texturas de qualquer tipo. Todos os efeitos clássicos estão incluídos – compressores, reverbs, delays, chorus, equalizadores, wah-wahs. E não é só isso, 32 tipos de distorção/ overdrive estão dentro da GT-8, incluindo os modelos clássicos da BOSS. A GT-8 vem com 200 presets matadores de fábrica, mais 140 memórias ajustáveis pelo usuário. Na parte de efeitos inovadores estão sons sintetizados, simulação de sítara, simulação de violão, harmonizer, pitch shifter e até efeitos de whammy. Até onde você pode chegar com a sua GT-8? Em qualquer lugar, pois 13 dos efeitos da GT-8 podem ser colocados em qualquer ordem de conexão. Você pode até criar ajustes “insanos”, começando pelos delays e acabando com as distorções!
Conectividade
A GT-8 é “carregada” de opções de conexão, para satisfazer até os mais exigentes profissionais. Além da saída analógica estéreo, ela oferece saída digital coaxial digital de 24 bits para gravações diretas em sistemas digitais. Mas além disso, a GT-8 ainda tem loop de efeitos para você inserir os seus pedais preferidos, MIDI IN e OUT para troca de dados e operação remota, saída de fones de ouvido e até uma conveniente saída “Amp Control”, que muda o canal do seu amplificador automaticamente quando selecionada.






domingo, 11 de setembro de 2011

Filmes: Bala de Prata / A Hora do Lobisomem

Nos anos 80, “A Hora do Lobisomem” (Silver Bullet, 1985) era um filme que fazia sucesso em VHS nas locadoras, apesar do péssimo título nacional iniciado em 1984 com “A Hora do Pesadelo” (“Nightmare on Elm Street”) e seguido em 1985 com “A Hora do Espanto” (“Fright Night”). É muito legal ver Corey Haim atuando dois anos antes de “Os Garotos Perdidos” e ainda não iniciado no vício que veio a matá-lo precocemente; ou Terry O’Quinn duas décadas antes de “Lost”. Porém o que eu mais curti foi ver a transformação do lobisomem sem a utilização de computadores, mas apenas de maquiagem e efeitos especiais. Dino De Laurenttis, o produtor de Conan, O Bárbaro, produziu em 1985 esta adaptação de um livro do escritor Stephen King (Cycle of the Werewolf)



A trama do filme é narrada por Jane Coslaw, a irmã mais velha de Marty (Corey Haim), um garoto paraplégico e meio solitário. A família se muda para o Tarker’s Mills no Maine.Lá Marty faz dois amigos, o tio Red (Gary Busey) e um garoto chamado Brady Kincaid (Joe Wright, diretor de Orgulho e Preconceito, Hanna 2011).
A primeira vitima do monstro

Tudo ia bem na cidade até que as pessoas começam ater mortes estranhas. Primeiro um trabalhador da ferrovia é encontrado morto, depois uma moça grávida e em seguida sua mãe. Quando Brady é morto na floresta, a população passa a achar que tem um assassino a solta e começam a caçar o louco, mas o que eles não sabem é na verdade existe é um lobisomem na cidade.

 
Quando os pais de Jane e Marty têm que sair da cidade por uns dias, eles deixam o tio Red no comando. O tio Red constrói uma cadeira de rodas motorizada para Marty como presente de aniversário.Marty sai no meio da noite para soltar fogos de artifício quando o lobisomem aparece. Marty atira um dos fogos de artifício no olho do lobisomem que foge.No dia seguinte, Marty pede ajuda a sua irmã Jane, que no inicio não acredita no garoto.

Tio Red e a bala de prata
 Jane inventa que esta recolhendo garrafas velhas, uma desculpa para sair batendo de porta em porta na cidade e ver quem esta com um ferimento no olho.Jane passa em todas as casas da cidade e não encontra nenhum suspeito, até parar na igreja e encontrar o reverendo Lester Lowe usando um tapa-olho.O reverendo Lowe percebe que Jane sabe o seu segredo, agora é uma questão de tempo para ele ir atrás da garota e do irmão.




 



Jane e Marty

O reverendo Lowe

Os irmãos convencem o tio Red de que o reverendo Lowe é o assassino. Red pede ajuda ao Xerife Haller (Terry O’Quinn), que vai investigar o reverendo.Quando o xerife Haller encontra as evidencias de que o reverendo é o assassino, ele tenta prende-lo, mas Lowe se transforma no lobisomem e mata o Haller.
Tio Rede pega tudo que tem de prata e faz seis balas de prata. Mais tarde da noite o lobisomem vem para matar Red, Marty e Jane. Depois de muita correria, Marty dá um tiro de bala de prata no outro olho do lobisomem que morre. Jane e Marty ficam mais unidos.






O roteiro é bem fiel ao livro, porém acrescenta várias subtramas que enriquecem a história. Uma das coisas que a narradora diz no começo do filme é que os moradores da cidade se preocupam tanto com os outros quanto com si mesmos, o início dá a impressão de que esta cidade é só alegria, isso é desmentido ao longo de toda a narrativa, quando descobrimos que na verdade o local está cheio de gente mesquinha e preconceituosa. São nas cenas mais isoladas que os personagens revelam o que sentem, o preconceito por Marty ser cadeirante, a pena de sua mãe, a mulher grávida suicida, o policial que sofre pressão, o pai que perdeu o filho. Há uma parte em que este último silencia um policial ao falar sobre justiça com as próprias mãos, esse é apenas um exemplo de diálogo realista onde o telespectador fica tão mudo quanto quem ouve a personagem em cena.

A identidade da fera não é surpresa para ninguém, nem mesmo na obra de King. Mas ao contrário do lobisomem do livro, o psicopata do longa não tem remorso, tornando-se um vilão mais doentio ainda. As cenas em que o monstro ataca não são leves e possuem bastante sangue. O lobisomem é bípede como nas histórias mais antigas e não tem sua aparência revelada na primeira vez, gerando bastante suspense com a câmera em primeira pessoa. Há diversas cenas de terror interessantes, destaque para uma em que todos se transformam em feras dentro da igreja. Silver Bullet continua sendo um ótimo entretenimento que, apesar do tempo, ainda assusta os desavisados.

 
Curiosidades
Na época de seu lançamento nos Estados Unidos, o filme fez um sucesso razoável;
Muitos críticos americanos não gostaram do filme;
Nos Anos 80, o SBT, na época TVS exibiu o filme com dois títulos diferentes, A Hora do Lobisomem (Titulo oficial no Brasil) e Bala de Prata (tradução do titulo original do filme);
Megan Follows (Jane Coslaw) segue sua carreira de atriz e está atualmente nos cinemas no filme Eu Sou o Número 4.




Informações Técnicas
Título no Brasil: A Hora do Lobisomem / Bala de Prata
Título Original:  Silver Bullet
País de Origem:  EUA
Gênero:  Terror
Tempo de Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento:  1985
Site Oficial: 
Estúdio/Distrib.:  Universal Filmes
Direção:  Daniel Attias


Um bom filme que merece ser revisto!




  

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mistério: a Desconhecida do Sena

No fim da década de 1880, o corpo de uma garota de 16 anos foi encontrado no Rio Sena, em Paris. Sem sinais de violência, o cadáver seria de uma jovem suicida. Mas ela era tão bela e tinha um sorriso tão enigmático que depois da autópsia, um legista fez uma máscara mortuária do rosto dela.

Na romântica atmosfera da Europa da belle époque, a face da anônima moça suicida — que passou a ser chamada de L'Inconnue de la Seine, a Desconhecida do Sena — se tornou um ideal de beleza feminina. Em Die Aufzeichnungen des Malte Laurids Brigge [Os Cadernos de Malte Laurids Brigge], o protagonista do único romance de Rainier Maria Rilke (1875-1926) escreve: “O mouleur [modelador], em cuja loja passo todo dia, tem um busto de gesso em cada lado de sua porta. [Um é] a face da jovem mulher afogada, da qual tiraram um molde no necrotério, pois era bela e sorria, sorria tão misteriosamente...”

Ironicamente, as feições da garota desconhecida foram usadas em 1958 para modelar a boneca usada no treinamento de primeiros-socorros, conhecida como Rescue Anne. Embora a identidade da moça e os motivos que a levaram ao suicídio ainda sejam um mistério, diz-se que ela se tornou “a mais beijada de todos os tempos” pois milhares de estudantes já treinaram a respiração boca-a-boca em seus lábios.
 
 
Máscara mortuária
Nas culturas ocidentais uma máscara mortuária era feita de cera ou gesso colocada sobre o rosto de uma pessoa recém-falecida. A máscara podia ser feita para se possuir uma lembrança ou souvenir do falecido ou usada como modelo para criação de retratos. Alguns desses retratos puderam e podem ser identificados como baseados em máscaras mortuárias, dadas algumas distorções provocadas pelo gesso durante a modelagem.
Em outras culturas, a máscara era um ritual de sepultamento. As mais conhecidas dessa espécie foram as máscaras feitas pelos antigos egípcios como parte do processo de mumificação, como a máscara de Tutankhamon.
No século XVII, alguns países europeus usaram as máscaras mortuárias como efígies. No século XVIII e XIX foram usadas para registrarem rostos de desconhecidos para posterior identificação, até serem substituidas pela fotografia.
Propostas da frenologia e etnografia levaram a que se usassem máscaras (tanto de mortos como de vivos) para propósitos científicos e pseudo-científicos.

Historia

Esculturas

Máscara de Ouro de Tutankamon.
 
Máscaras de mortos foram tradicionais em muitos países. O mais importante processo funerário foi nas cerimônias dos antigos egípcios das mumificações dos corpos, que, após orações e consagrações, eram depositados em sarcófagos construídos e decorados com ouro e pedras preciosas. Uma parte especial do ritual era a máscara esculpida do rosto do falecido. Acreditava-se que a máscara guiaria a alma da múmia e a guardaria dos espíritos malignos durante a jornada até o outro mundo. A máscara mais famosa é a do faraó Tutankamon.

Em 1876, o arqueólogo Heinrich Schliemann descobriu seis túmulos em Micenas, que ele achava serem de reis ou antigos heróis gregos: Agamenon, Cassandra, Evrimdon e seus companheiros. Surpreendeu-se quando viu que as caveiras estavam cobertas com máscaras de ouro.
Acredita-se que os bustos ou estátuas dos romanos antigos foram esculpidos a partir de moldes de cera tirados por ordens das famílias dos mortos. As máscaras de cera depois eram modeladas em rocha.

Vultos retratados
Máscara de Chopin.
Suposta máscara de Dante.
 
Na Idade Média, as máscaras mortuárias de fato tomaram o lugar das esculturas. Elas foram usadas em funerais e depois preservadas em museus, livrarias e universidades. As máscaras não eram apenas dos mortos da realeza ou da aristocracia (Henry VIII, Sforza), mas também de pessoas eminentes como poetas, filósofos e dramaturgos tais como Dante, Filippo Brunelleschi, Torquato Tasso, Blaise Pascal e Voltaire. Continuou em alguns lugares o costume romano de serem transpostas para estátua ou bustos.
A máscara mortuária de Oliver Cromwell encontra-se preservada no Castelo Warwick. Outra notável máscara é a de Napoleão Bonaparte, tirada na ilha de Santa Helena e despachada para o Museu Britânico em Londres.

A máscara mortuária de Chopin foi feita em Paris, 1849.
Máscara de Keats.
 
Na Rússia, a tradição das máscaras remonta ao tempo de Pedro, o Grande, que teve seu rosto modelado por Carlo Bartolomeo Rastrelli. Outras máscaras conhecidas são as de Alexander I, Nicolau I e Alexander II.
Uma das primeiras máscaras de ucranianos foi a do poeta Taras Shevchenko, tomada por Peter Clodt von Jürgensburg em São Petersburgo, Rússia.

Ciência

Dois homens modelando uma máscara mortuária.
 
As máscaras mortuárias foram muito estudadas por cientistas do século XVIII como registro das mudanças na fisionomia humana. A máscara dos vivos também começou a ser feita. Antropólogos usaram esses processos para estudar pessoas famosas e notórios criminosos. Foram também usadas para classificar as diferentes raças de acordo com as diferenças verificadas.

 Forenses
Antes do advento da fotografia, os retratos dos rostos serviam para registro de mortos não identificados para futuros reconhecimentos por parte de parentes ou conhecidos.

Uma dessas máscaras, conhecida por L'Inconnue de la Seine ("A desconhecida do Sena"), registrou o rosto de uma jovem mulher desconhecida, que teria sido encontrada boiando no Rio Sena em Paris por volta dos anos de 1880. Os trabalhadores do necrotério de Paris modelaram seu rosto com gesso. A partir daí sua beleza atrairia certa fascinação mórbida de boêmios parisienses.
O rosto de Resusci Anne, apelido do primeiro manequim de treinamento desenvolvido em 1960, trazia os traços da mulher do Sena.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Gustave, o crocodilo assassino!

Há 20 anos o crocodilo Gustave vem aterrorizando os moradores do Burundi, despistando caçadores e escapando da morte no lago Tanganica.

 

 
 


Gustave
 Gustave, o crocodilo




Gustave, que pesa uma tonelada e mede cerca de seis metros de comprimento, é conhecido na região por já ter devorado mais de 200 pessoas.Acredita-se que ele tenha adquirido o gosto por humanos após devorar os cadáveres daqueles que morreram durante a guerra civil que atingiu Burundi. Depois disso, ele começou a atacar quem quer que estivesse no seu rio, o Ruzizi.
Ele usa a cauda para golpear crianças que brincam à beira do lago, já foi filmado atacando um pescador e, segundo a lenda, teria comido uma funcionária da Embaixada russa que se banhava nas águas rasas do lago.
Gustave recebeu o nome do francês Patrice Faye, que vive no Burundi há cerca de 20 anos.
Faye tenta capturar o crocodilo há 11 anos e se tornou um herói local. Ele agora mudou de estratégia e não quer mais matá-lo, mas sim colocar um rastreador no animal, para seguir seus passos.
Segundo o francês, “vivemos numa era em que criaturas como essas são cada vez mais raras”.

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Devorador
“Ele é um animal pré-histórico, muito gordo”, disse Faye em entrevista ao programa Outlook, da BBC. “Na água, parece um hipopótamo. Mas ele ainda tem todos os dentes, o que sugere que ele tenha cerca de 68 anos.”
Faye disse que quando acompanhou os movimentos do crocodilo por um período de três meses, 17 pessoas foram devoradas por Gustave. “Calculei que se ele vinha matando gente há 20 anos neste ritmo, já teria comido mais de 300 pessoas”, explicou.
Mas o francês afirma que Gustave já passou períodos mais longos sem comer nenhuma pessoa. No ano passado, por exemplo, não foi registrado nenhum ataque.
Mas qual a explicação para que o crocodilo tenha preferência por pessoas em seu cardápio?

Patrice Faye
Faye tenta capturar o animal há 11 anos

Para Faye, o enorme tamanho do animal faz com que uma dieta a base de peixes do lago não seja suficiente para saciar sua fome. Além disso, “por ser tão enorme, ele é mais lento e, portanto, não tem outra opção a não ser caçar presas fáceis. Na água, não há presa mais fácil do que o ser humano”.
“Não creio que seja uma questão de gosto, mas sim uma questão do que ele pode caçar”, completou.



Estratégia
A certa altura, Faye tentou capturar Gustave com uma armadilha usada no Zimbábue para caçar crocodilos gigantes. Mas o animal não se deixou enganar. Apesar de ter chegado perto várias vezes, Gustave nunca caiu na armadilha que, de tão pesada, acabou afundando.
“Ele deve ter um instinto de sobrevivência muito forte, porque sobreviveu quando outros crocodilos foram massacrados”, disse ele.
Hoje em dia, Faye usa outra estratégia. “Tenho informantes. No Burundi, há milhares de pessoas que vivem junto ao lago, especialmente pescadores que passam a maior parte do tempo na água. Dei a eles uma dúzia de telefones celulares para que me digam onde ele está.”
Gustave já foi baleado várias vezes. “Vários pescadores disseram já ter acertado ele. Ele parece ter o couro à prova de balas.”
O francês não quer nem imaginar a possibilidade de alguém capturá-lo antes dele. “Me sentiria como se tivessem me roubado algo”, explicou. “Vou permanecer fiel a Gustave e espero que ele faça o mesmo.”












Crocodilo gigante Gustave inspira filme de ação
Dominic Purcell, famoso pelo bom seriado Prison Break, vai estrelar a aventura Primeval. O filme da Touchstone Pictures, mais uma aventura com crocodilo gigante, marca a estréia do diretor de TV Michael Katleman no cinema.

A trama é baseada em fatos, mas os exagera para conseguir uma história mais emocionante. Gira ao redor de uma equipe de televisão que vai até a África do Sul em busca de Gustave, um crocodilo do Nilo gigante. Até aí é tudo verdade, já que o bicho existiu (ou existe ainda) e uma equipe realmente tentou capturá-lo há alguns anos - sem sucesso. O animal, registrado num documentário do Animal Planet, é provavelmente o maior de todo o continente, com impressionantes 12 metros de comprimento e acredita-se que ele já devorou 300 pessoas. A trama se desvia da realidade ao colocar a equipe em rota de colisão com um violento chefe tribal (uma guerra civil realmente estava em curso) e aumentar a ferocidade de Gustave.

















fonte aqui