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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Resenha de um clássico - Thriller

[Epic - 1982]

1. Wanna Be Startin' Somethin'
2. Baby Be Mine
3. The Girl Is Mine
4. Thriller
5. Beat It
6. Billie Jean
7. Human Nature
8. P.Y.T. (Pretty Young Thing)
9. The Lady In My Life

"Thriller", o álbum mais vendido de sempre, um icon da década de 80, o clássico entre os clássicos. O que é que ainda se pode dizer sobre este disco?
Pouco ou nada, pois já tudo foi dito, mas mais do que o que se diz ou do que se escreve, o que conta é a música que o compõe.

Nesse aspecto, num total de 9 temas, que compõe o disco, 7 foram extraídos em single e vários desses foram Nº 1.

O primeiro a ser editado em single foi o dueto com Paul McCartney, "The Girl Is Mine", na tentativa de aproveitar, ainda, o fenómeno Beatles. Estávamos ainda longe de imaginar, que apenas alguns meses depois, MICHAEL JACKSON seria muito mais popular que o ex-baixista do grupo de Liverpool.
A segunda escolha para single recaiu em "Billie Jean" e daqui em diante tudo mudou. Momento mágico de Jackson e o verdadeiro rastilho da explosão mediática global. O teledisco do tema também fez história, sendo o primeiro de um artista negro a rodar na MTV.
Seguindo na mesma linha, também "Beat It", 3ª escolha para single, fez história. Desta vez, sendo o primeiro tema de um artista afro-americano, a ter rodagem nas rádios FM americanas mais dedicadas ao rock, onde os artistas brancos representavam 100% das escolhas.

Beat It (em português: Cai fora) é a quinta canção do sexto álbum solo de Michael Jackson, Thriller. Composta por Jackson, a canção marca um momento histórico para o cenário musical, onde as barreiras entre a música negra e branca começaram finalmente a ser quebradas. O solo de guitarra da canção, interpretado por Eddie Van Halen, é considerado um dos melhores solos de todos os tempos. Por causa de sua letra a música se tornou um hino anti gangues, chegando ao final de 1983 em primeiro lugar nas paradas musicais, ao lado de outra de suas músicas, Billie Jean.

Quincy Jones havia pedido para Michael compor uma música de rock para o novo álbum que seria lançado, Jackson então compos Beat It. Jones assim que ouviu, falou que era exatamente o que ele queria, uma mistura de Rock e R&B[2].

Eddie Van Halen foi então convidado para fazer o solo de guitarra da canção. Durante as gravações de Beat It, um alto-falante chegou a explodir no estúdio. Jones falou: Nunca tínhamos visto nada como aquilo em 40 anos que eu estava no ramo. Foi nessa época que comecei a ver a loucura que era a vida de Michael, durante as sessões de Thriller.
Eddie Van Halen e seu solo clássico na canção Beat it

A letra é um protesto contra as brigas entre gangues de ruas, algo muito comum na época. Beat It ganhou o prêmio Grammy de "melhor gravação do ano" e "melhor vocal rock masculino". Beat It foi a primeira música de rock de um cantor negro a ser tocada em rádios de rock voltadas para o público branco, e em rádios de música negra ao mesmo tempo. Beat It foi o primeiro rock de Michael Jackson, visto que suas outras canções sempre foram voltadas para o soul, disco ou pop. O sucesso foi tão grande que Jackson decidiu investir mais no gênero e daí saiu as músicas Dirty Diana, Black or White, Give in to Me, D.S, Morphine e Privacy.



O videoclip do "Beat It"seguiu as pisadas de "Billie Jean", voltando a ser objecto de alta rodagem nos principais canais de TV, com a MTV à cabeça.
"Wanna Be Startin' Somethin'" foi o tema seguinte a ser editado em single, estavamos já em 1983 e vivia-se já uma verdadeira "jacksonómania".

Outros temas a conhecer edição em 7 polegadas foram; "Human Nature", "P.Y.T. (Pretty Young Thing)" e "Thriller".

O sétimo e último single extraído de "Thriller" teve direito a um clipe magnifico, que ainda hoje continua sem competição à altura.

O clipe de Thriller, dirigido por John Landis – responsável pelo clássico do horror Um Lobisomen Americano em Londres – foi um dos trabalhos mais aplaudidos do cantor e peço licença mais uma vez por escrever em primeira pessoa: O clipe é dez! Simplesmente por não se tratar de imagens jogadas, mas por haver um enredo, uma narração. Início, meio e fim.
mj_thriller_lobisomen

Os passos de danças, as mãozinhas arqueadas, a maquiagem, que nos fazia crer na existência de mortos-vivos, a cavernosa voz de Vincent Price – astro de outrora dos filmes de horror como Mortos Que Matam e Museu de Cera – aliadas ao alto investimento voltado para o clipe. E pronto. Tudo isso foi um tiro certo para Michael, já que na década de oitenta os filmes de horror a la George Romero, com a temática dos mortos-vivos, estava em alta. Sem falar na clara menção de Um Lobisomem Americano em Londres, um dos sucessos oitentistas do terror, que vemos logo no inicio do video musical.
Era a inovação, palavra que melhor descrevia essa fase de maior valorização dos vídeos musicais, coisa que Jackson fazia de melhor.

A produção, soberba deste disco ficou a cargo de Quincy Jones, que já tinha assinado "Off The Wall" e para o disco Jones convidou musicos de primeira classe, alguns vindos dos Toto ou ainda Eddie Van Halen, mago da guitarra dos Van Halen.

"Thriller" foi também premiado com 8 Grammy Awards, marcando também uma marca história.
Por tudo isto, este é um verdadeiro símbolo da cultura pop do século 20, que continua sem rival à altura, já na segunda década do século seguinte.

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