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sexta-feira, 4 de março de 2011

Livros: O pequeno Principe

Antoine de Saint-Exupéry e um avião igual ao que pilotava

O autor
Piloto com alma de poeta, Antoine-Marie-Roger de Saint-Exupéry nasceu em Lyon, França, em 29 de junho de 1900, numa família aristocrática empobrecida. Obteve licença de piloto em 1922, durante o serviço militar, e quatro anos depois ingressou na aviação pela companhia Latécoère. Ajudou a implantar rotas de correio aéreo na África, América do Sul e Atlântico Sul, além de ter sido pioneiro nos vôos Paris-Saigon e Nova York-Terra do Fogo. Nessa época, publicou o primeiro livro, ´Correio do sul´ (1929). Na década de 1930, trabalhou como piloto de provas, adido de publicidade para a companhia aérea Air France e repórter do Paris-Soir. Em seu segundo romance, ´Vôo noturno´ (1931), exaltou os primeiros pilotos comerciais, que enfrentavam a morte no cumprimento do dever. Registrou suas próprias aventuras em ´Terra dos homens´ (1939). Na Segunda Guerra Mundial, apesar das deficiências físicas causadas por alguns acidentes aéreos, Saint-Exupéry serviu na aviação aliada. Com a queda da França em poder dos nazistas, fugiu para os Estados Unidos, onde escreveu ´Carta a um refém´ 1943), exortação à unidade dos franceses, e sua obra mais famosa ´O pequeno príncipe´ (1943). Seu pessimismo transparece em ´Cidadela´ (1948), reflexões publicadas postumamente, nas quais expressa a convicção de que o homem deve ser repositório dos valores da civilização. 

Saint-Exupery
Antoine de Saint-Exupéry

Apaixonado desde a infância pela mecânica, estudou a princípio no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Croix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.


A 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. No ano seguinte, 1922, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de Cap Juby, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias.


Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Recentemente, o alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo nunca foi encontrado.

Luc Vanrell com os restos do avião famoso



Jean-Claude Bianco, pescador, e Luc Vanrell, mergulhador, aqueles que encontraram a corrente de pulso de Antoine Saint Exupéry  e o avião no mar ao largo da costa de Marselha.



Obra

As suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
Destaca-se O Pequeno Príncipe (O Principezinho, em Portugal) (1943), livro de grande sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito durante o exílio nos (EUA), quando teria feito visitas ao Recife.
O pequeno príncipe pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranquilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.
O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro nos leva à reflexão sobre a maneira de nos tornarmos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.




Livros
  • L'Aviateur (O aviador) - 1926
  • Courrier sud (Correio do Sul) - 1929
  • Vol de nuit (Voo Noturno) - 1931
  • Terre des hommes (Terra dos Homens) - 1939
  • Pilote de guerre (Piloto de Guerra) - 1942
  • Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe ou O Principezinho) - 1943
  • Lettre à un otage (Carta a um refém) - 1943/1944

O Pequeno Príncipe também possui a mais linda dedicatória de um livro que já tive a oportunidade de ler. Diz respeito a Amizade. Segue abaixo a dedicatória transcrita integralmente:
A LÉON WERTH
Peço perdão às crianças por dedicar este livro a uma pessoa grande. Tenho um bom motivo: essa pessoa grande é o melhor amigo que possuo. Entretanto, tenho um outro motivo: essa pessoa grande é capaz de compreender todas as coisas, até mesmo os livros de criança. Tenho ainda um terceiro: essa pessoa grande mora na França e ela tem fome e frio. Ela precisa de consolo. Se todos esses motivos não bastam, eu dedico então este livro à criança que essa pessoa grande já foi. Todas as pessoas grandes foram um dia crianças - mas poucas se lembram disso. Corrijo, portanto, a dedicatória:
 
A Léon Werth
quando ele era criança.
 
Cquote1.svgAqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.Cquote2.svg
Antoine de Saint-Exupéry
Cquote1.svgA perfeição não é alcançada quando não há mais nada a ser incluído, mas sim quando não há mais nada a ser retirado.Cquote2.svg
Antoine de Saint-Exupéry
Cquote1.svgCada um que passa em nossa vida, passa sozinho, pois cada pessoa é única e nenhuma substitui outra. Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só nem nos deixa sós. Leva um pouco de nós mesmos, deixa um pouco de si mesmo. Há os que levam muito, mas há os que não levam nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova de que duas almas não se encontram ao acaso.Cquote2.svg
Antoine de Saint-Exupéry









Um livro tambem para as crianças!

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